A próxima crise
Naquela ocasião, o Bitcoin nem estava saindo do papel. Enquanto a economia mundial lambia feridas, a criptomoeda começava a ganhar o status de colecionável para alguns nerds e criptoanarquistas. Logo, suas características únicas não ficariam escondidas por tanto tempo.
O Bitcoin é um ativo que estabelece um novo paradigma: ele é digital, anti-censura, antifrágil, descentralizado, transparente e genuinamente escasso. O mundo jamais presenciou algo parecido e aos poucos começa a aprender mais.
O Bitcoin nos protegerá da crise?
Um novo cenário se desenha, “graças” a esse dinheiro ruim e sem lastro, economias globais acumulam trilhões em dívidas, que jamais saberemos se serão pagas algum dia. O Banco Central Americano (FED) é o maior player dos mercados, um simples discurso de Jerome Powell poderia provocar grande volatilidade.
As principais potências em seu continente, especialmente China e Alemanha, estão começando a apresentar desaceleração econômica. A Guerra Comercial entre China e Estados Unidos continua longe de uma solução e o Reino Unido está jogado às mais profundas incertezas com a falta de definição do Brexit.
O mundo está estranho, já é quase consenso que uma recessão está chegando. Alguns dizem que será pior que 2008, que a próxima recessão nos levará ao colapso do Dólar. Outros dizem que será apenas uma correção normal.
Até o momento, o preço do Bitcoin já subiu mais de 100% em pouco mais de 2 meses. O mercado ainda interpreta os motivos, mas um deles está muito óbvio: Investidores institucionais estão entrando no mercado. Outro já é mais especulativo: pessoas procurando refúgio contra a Guerra Comercial.
A certeza é que o Bitcoin ganha uma oportunidade para se mostrar um ativo valoroso durante esse momento de crise e servir como um “safe heaven”, assim como o Ouro é. A próxima recessão será um grande teste para a adoção e a afirmação de premissas de “ativo descolado e antifrágil”.